No ser humano é complicado distinguir o que é sociocultural daquilo que é natural, biológico. A maneira como nos comportamos, o que somos e como somos resulta de características biológicas, bem como da influência dos contextos e das situações. De maneira a compreender estas influências, é importante realçar o papel da cultura, das interacções sociais e da história pessoal de cada indivíduo. Assim, concluímos que é impossível compreender como nos comportamos, como somos, como pensamos sem referenciar o mundo em que vivemos, uma vez que os aspectos naturais surgem sempre envolvidos por aspectos sociais e culturais.
O funcionamento mental constitui-se graças ao desenvolvimento activo do homem nos contextos, combinando elementos biológicos com elementos sociais e culturais. Quando se afirma que o homem é um ser biossociocultural pretende-se afirmar que cada acto humano é totalmente biológico e cultural, simultaneamente. Tomemos com exemplo a sexualidade e a alimentação, dois processos em que se evidencia a impossibilidade da autonomização dos elementos culturais e biológicos.
O funcionamento mental constitui-se graças ao desenvolvimento activo do homem nos contextos, combinando elementos biológicos com elementos sociais e culturais. Quando se afirma que o homem é um ser biossociocultural pretende-se afirmar que cada acto humano é totalmente biológico e cultural, simultaneamente. Tomemos com exemplo a sexualidade e a alimentação, dois processos em que se evidencia a impossibilidade da autonomização dos elementos culturais e biológicos.
No ser humano, a sexualidade relaciona-se biologicamente com o funcionamento do sistema endócrino, a hipófise e o hipotálamo. Através de estímulos externos, o córtex cerebral desperta no homem impulsos sexuais. A nível cultural faz-se sentir de modo mais intenso. A homossexualidade, o adultério, entre outros, são encaradas de forma diferente, dependendo da época histórica e da cultura.
Quanto à alimentação, os aspectos biológicos não bastam para explicar a alimentação no ser humano. Os centros inibidor e activador da fome não são suficientes para explicar os comportamentos alimentares humanos. Existem não só factores sociais e culturais que regulam o nosso comportamento (horas de refeição, hábitos de consumo), bom como factores psicológicos que determinam certos comportamentos alimentares. Por vezes, come-se (ou não) para se compensar outras carências ou para fazer companhia a alguém. em suma, a alimentação humana e a sexualidade, para além da sua natureza biológica estão fortemente marcados por factores culturais e sociais.