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O Meu Perfil (2)



Eu... Com os outros... Os melhores :)

Quem sou eu?

Sobre mim

Escrever sobre mim? Acerca de quem sou? Faz sentido… Pois quem fui pouco importa e o que serei nem eu mesma sei.
Afinal, quem sou eu? Uma pergunta um pouco complicada que, no entanto, tem uma resposta simples: eu sou única. Pensando bem todos somos. Somos como um pacote de bolachas que, apesar de parecerem todas iguais há sempre aquelas que sabem melhor.
Particularizando, sou como qualquer outra pessoa: tenho preferências, objectivos e princípios. Aprecio os prazeres simples que a vida oferece: um bom livro, uma boa risada com os melhores amigos, o som do violino arranhado por Samvel Yervinyan.
Na verdade, tudo se resume a isto: nascemos, vivemos, e morremos.
Eu, vivo na esperança de não cair no esquecimento, todos vivemos. Únicos são aqueles cujos actos, sejam bons ou maus, encerram a capacidade de marcar as pessoas, transformando-se em memórias que jamais serão esquecidas.Quem sou eu? Sou uma pessoa que busca a grandeza, não me contento em ser apenas memória. Quero ser imortalizada, mistificada. Ajo movida pela minha própria vontade e desejos. Quem sou eu, perguntas? Sou a eterna apaixonada, uma alma fragmentada, uma jovem sonhadora, uma conformista, digamos. Sou uma pessoa insegura cheia de confiança. Tenho medos diários e sonhos por realizar…
E tu? Quem és?

Biografia - Abraham Maslow

Abraham Maslow (1 de Abril de 1908, Nova Iorque — 8 de Junho de 1970, Califórnia) foi um psicólogo americano, conhecido por ter proposto a pirâmide das necessidades de Maslow. Trabalhou no MIT, fundando o centro de pesquisa National Laboratories for Group Dynamics.
Realizou a sua pesquisa mais famosa em 1946, em Connecticut, numa área de conflitos entre as comunidades negra e judaica. Aí concluiu que a reunião de grupos de pessoas era uma das melhores formas de expor as áreas de conflito. Estes grupos, denominados T-groups (o «T» significa training, ou seja, formação), tinham como teoria subjacente o facto de os padrões comportamentais terem de ser «descongelados» antes de serem alterados e depois «congelados» novamente — os T-groups eram uma forma de fazer com que isto acontecesse.

Biografia - Wilfred Bion


Wilfred Ruprecht Bion (Mathura, 1897 — Oxford, 1979) foi um psicanalista britânico, pioneiro na dinâmica de grupo. Aos oito anos passou a viver numa pensão em Inglaterra. Os seus anos na escola de preparação foram os mais infelizes da sua vida. Saiu da mesma em 1915, imediatamente antes do seu 18º aniversário, e juntou-se ao Regimento Real de Tanques em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial.
Formado em medicina, o seu interesse na psicanálise aumentou. Submeteu-se então, a um treino supervisionado pela psicanalista Melanie Klein - pioneira no estudo da relação mãe e filho - que influenciou o pensamento de Bion.
Bion foi psiquiatra no exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhando em maneiras de melhorar a selecção dos oficiais e tratando vítimas. É conhecido particularmente pelo seu trabalho no Tavistock Institute, em Londres.
Durante os anos 40, abriu caminho na dinâmica de grupo, sendo Experiências com Grupos o auge desse trabalho. Abandonando-o a favor da prática psicanalítica, elevou-se à posição de director da Clínica de Psicanálise de Londres (1956-1962).
De 1962 até 1965, Bion foi presidente da Sociedade Psicanalítica Britânica.
Passou os seus últimos anos em Los Angeles, Califórnia. Realizou diversos seminários no Brasil a partir da década de 1970, influenciando profundamente diversos profissionais da área.

Biografia - Mary Ainsworth

Psicóloga e professora universitária norte-americana, Mary Ainsworth nasceu em Dezembro de 1913, em Glendale, no estado de Ohio, e faleceu a 21 de Março de 1999, em Carlottesville, no estado da Virgínia.
Ainsworth obteve a sua licenciatura (1935), o mestrado (1936) e o doutoramento (1939) na Universidade de Toronto, no Canadá, onde leccionou durante pouco tempo. Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, juntou-se ao Corpo do Exército de Mulheres Canadianas, alcançando o posto de Major, em 1945. Depois, retomou as suas funções de docente, na Universidade de Toronto.
Em Inglaterra, Mary Ainsworth trabalhou na Clínica Tavistock, onde realizou investigação sobre os efeitos, no desenvolvimento e personalidade da criança, da separação materna. A psicóloga concluiu que a ausência da figura da mãe promovia efeitos de desenvolvimento adversos na criança. Em 1954, acompanhando o marido que obtivera um lugar no Instituto Africano Oriental de Investigação Social, em Kampala, no Uganda, Mary Ainsworth realizou, nesse país, um estudo de campo sobre a interacção mãe/filho, tendo este apenas um ano de vida.
A partir de 1955, prosseguiu o seu trabalho de investigação e docência na Universidade John Hopkins, alcançando o lugar de professora catedrática em 1963. Mudou-se para a Universidade da Virgínia, em 1974, e foi designada Professora Commonwealth, desde 1975 até 1984, ano em que se aposentou como professora jubilada, mantendo-se, no entanto, activa até 1992.

Biografia - Mary Main


Mary Main é uma investigadora da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que juntamente com alguns dos seus colegas identificou um quarto estilo de vinculação, ou seja, um estilo de vinculação desorganizado. Esta vinculação pode ser caracterizada por uma ausência de estratégia coerente "organizada" de comportamento para lidar com o stress.
Existe um crescente corpo de pesquisa acerca das relações deficientes entre pais e filhos, apego desorganizado e riscos de psicopatologias mais tarde. O abuso é associado a este tipo de vinculação, que representa um factor de risco numa escala de distúrbios psicológicos.

Biografia - Harry Harlow

Harry Frederick Harlow (31 de Outubro de 1905 - 6 de Dezembro de 1981) foi um psicólogo americano conhecido pelas experiências de isolamento social realizadas em macacos bebés, que demonstraram a importância dos cuidados maternos no desenvolvimento social e cognitivo. Ele conduziu a maior parte da sua pesquisa na Universidade de Wisconsin-Madison, onde o psicólogo humanista Abraham Maslow trabalhou com ele.
As experiências de Harlow eram controversas, uma vez que incluíam a criação macacos bebés em câmaras isoladas, provocando severas perturbações nos mesmos. Alguns investigadores indicaram as suas experiências como um factor na ascensão do movimento de libertação animal nos Estados Unidos.

Biografia - Anna Freud

Anna Freud (Viena, Áustria, 3 de Dezembro de 1895 — Londres, 9 de Outubro de 1982) foi uma psicanalista filha de Sigmund Freud.
Foi a sexta e última filha do casal Sigmund e Martha Freud. Analisada pelo próprio pai, Anna focou o seu estudo principalmente no tratamento de crianças. O seu primeiro caso de análise a crianças foi Ernest Freud, um sobrinho. Teve várias divergências com Melanie Klein, psicanalista dissidente do freudismo ortodoxo, que fundou a escola inglesa.
Foi a primeira a dar ênfase ao ego na personalidade. Não rejeitando as forças do id e as restrições do superego, Anna Freud concebeu o ego humano com certa funcionalidade pró-ativa e independende. Ela também é responsável pelo estudo dos mecanismos de defesa, tema sobre o qual ela estudou mais a fundo.

Biografia - René Spitz

René Spitz (1887-1974), nasceu em Viena, e faleceu no Colorado, Estados Unidos. Começou por exercer medicina, mas cedo se rendeu aos conhecimentos propostos pela recém-nascida Psicanálise e foi o primeiro a fazer investigações em Psicologia infantil. Conheceu Sándor Ferenczi, psicanalista e hipnotizador, que fazia parte do círculo mais próximo de Sigmund Freud. Foi Ferenczi quem o apresentou ao criador da Psicanálise, e o levou até à Sociedade Psicanalítica de Viena. Em 1956, foi convidado pela Universidade do Colorado para aí leccionar, tendo aceite o convite. A sua investigação teve como objecto de pesquisa as fases iniciais da construção do Ego. Na sequência dos seus estudos foi levado à necessidade de desenvolver novas técnicas de observação de crianças da primeira infância. Conquistou a admiração do meio científico americano com seu interesse e método de estudo aplicado as crianças abandonadas. Foram as suas observações pioneiras quanto ao efeito das manifestações de carinho em crianças mantidas em um berçário que o catapultaram para a ribalta. Tendo-se tornado um teórico de referência nos meios científicos, da primeira metade do século XX.

Biografia - John Bowlby

John Bowlby nasceu em 1907, na Inglaterra e estudou Psicologia, Ciências Naturais e, depois, Medicina. Foi analisado por Joan Riviere, tornando-se membro titular da “British Psychoanalytical Society” (BPS). Melanie Klein supervisionou a sua primeira análise a crianças.
Em 1940, publicou trabalhos sobre a criança, a sua mãe e o seu ambiente. Três noções básicas fazem parte de sua obra: o apego, a perda e a separação. Em 1948, dirigiu uma pesquisa sobre crianças abandonadas ou privadas de lar. Em 1951, publicou o seu relatório Maternal Care and Mental Health.
Depois de 1950, foi dando à sua obra um conteúdo cada vez mais biológico.





Biografia - Gordon Allport


Gordon Willard Allport (Montezuma, 11 de Novembro de 1897 — Cambridge, 9 de Outubro de 1967) foi um psicólogo. As suas obras incluem Becoming, Pattern and Growth in Personality e The Individual and his Religion.
Deixou o seu legado à Psicologia com a Escala de Allport, definida no seu livro A natureza do preconceito de 1954 para mensurar a extensão do preconceito numa determinada sociedade.

Biografia - Solomon Asch

Psicólogo polaco, nascido em 1907 e falecido em 1996, Asch emigra para os Estados naturaliza-se norte-americano. As suas investigações, tal como as de Musafer Sherif, contribuíram para a definição dos modelos experimentais na área da psicologia social. Estudou concretamente os fenómenos de interacção grupal procurando conhecer os processos relacionados com a influência que as pessoas exercem umas sobre as outras. Através de experiências que desenvolveu na década de 50, procurou avaliar a conformidade do indivíduo ao grupo, concluindo que, mesmo em situações muito claras, as pessoas tendem a conformar-se com as normas do grupo.

Biografia - Robert Rosenthal


Robert Rosenthal é professor de Psicologia na Universidade da Califórnia, Riverside. Os seus interesses incluem profecias auto-realizadoras, que ele explorou num estudo bem conhecido do Efeito Pigmalião: o efeito das expectativas dos professores sobre os alunos*.
Rosenthal nasceu em Giessen, Alemanha em 2 de março de 1933, e deixou a Alemanha com a sua família aos seis anos de idade. Em 1956 foi premiado com um doutorado pela Universidade da Califórnia, Los Angeles. Começou a sua carreira como psicólogo clínico e, em seguida, mudou-se para a psicologia social. De 1962 a 1999, ensinou em Harvard, tornou-se presidente do departamento de psicologia em 1992 e professor de Psicologia em 1995. Quando se reformou em Harvard em 1999, foi para a Califórnia. Em 2008 ele tornou-se um professor universitário na Universidade da Califórnia do sistema estadual.


*EXPERIÊNCIA de ROSENTHAL


Robert Rosenthal fez acreditar a professores do 1º ciclo que, após a aplicação de testes, alguns dos seus alunos iriam progredir significativamente. Na verdade, os alunos tinham sido escolhidos em vão, sem lhes ter sido aplicado qualquer teste.

Oito meses depois os alunos cujo psicólogo tinha previsto uma melhoria melhoraram de facto! Isto porque os professores tinham criado expectativas positivas relativamente a esses alunos e, por isso, envolviam mais os alunos nas actividades escolares. As expectativas elevadas influenciou o seu rendimento. Sendo assim, podemos concluir que as expectativas podem fazer acontecer coisas - efeito de Pigmalião.

Biografia - Serge Moscovici

Serge Moscovici nasceu em 1928 e é um psicólogo social. Actualmente é director do Laboratoire Européen de Psychologie Sociale (Laboratório Europeu da Psicologia Social), que ele co-fundou em 1975 em Paris. É também membro do European Academy of Sciences and Arts , da Légion d'honneur e do Russian Academy of Sciences. O seu filho, Pierre Moscovici, é um conhecido político francês.

Biografia - Musafer Sherif


Muzafer Sheriff (29 de Julho de 1906, em Odemis, Turquia - 16 de Outubro de 1988, em Fairbanks, Alasca) foi um dos fundadores da psicologia social. Ajudou a desenvolver a teoria do julgamento social e do conflito realista. Extraordinário psicólogo social, Sherif foi um dos fundadores da psicologia social moderna, e desenvolveu várias técnicas exclusivas e poderosas para a compreensão de processos sociais, especialmente as normas sociais e conflitos sociais. Outras reformulações da psicologia social tiveram as suas contribuições para concedido, e re-apresentou as suas ideias como novo.

Cartaz de psicologia


A natureza biossociocultural da mente

No ser humano é complicado distinguir o que é sociocultural daquilo que é natural, biológico. A maneira como nos comportamos, o que somos e como somos resulta de características biológicas, bem como da influência dos contextos e das situações. De maneira a compreender estas influências, é importante realçar o papel da cultura, das interacções sociais e da história pessoal de cada indivíduo. Assim, concluímos que é impossível compreender como nos comportamos, como somos, como pensamos sem referenciar o mundo em que vivemos, uma vez que os aspectos naturais surgem sempre envolvidos por aspectos sociais e culturais.
O funcionamento mental constitui-se graças ao desenvolvimento activo do homem nos contextos, combinando elementos biológicos com elementos sociais e culturais. Quando se afirma que o homem é um ser biossociocultural pretende-se afirmar que cada acto humano é totalmente biológico e cultural, simultaneamente. Tomemos com exemplo a sexualidade e a alimentação, dois processos em que se evidencia a impossibilidade da autonomização dos elementos culturais e biológicos.

No ser humano, a sexualidade relaciona-se biologicamente com o funcionamento do sistema endócrino, a hipófise e o hipotálamo. Através de estímulos externos, o córtex cerebral desperta no homem impulsos sexuais. A nível cultural faz-se sentir de modo mais intenso. A homossexualidade, o adultério, entre outros, são encaradas de forma diferente, dependendo da época histórica e da cultura.

Quanto à alimentação, os aspectos biológicos não bastam para explicar a alimentação no ser humano. Os centros inibidor e activador da fome não são suficientes para explicar os comportamentos alimentares humanos. Existem não só factores sociais e culturais que regulam o nosso comportamento (horas de refeição, hábitos de consumo), bom como factores psicológicos que determinam certos comportamentos alimentares. Por vezes, come-se (ou não) para se compensar outras carências ou para fazer companhia a alguém. em suma, a alimentação humana e a sexualidade, para além da sua natureza biológica estão fortemente marcados por factores culturais e sociais.

Mary Ainsworth - Situação estranha

Numa primeira fase, a criança é levada para uma sala desconhecida, onde há muitos brinquedos, dando a oportunidade à criança de explorar o meio ambiente e brincar, na presença da mãe, sem esta intervir. Numa segunda fase, uma estranha entra na sala, no início silencioso, falando depois com a mãe e finalmente aproximando-se da criança para brincar. A terceira situação é realizada somente entre o estranho e a criança. A mãe sai da sala, ficando a criança sozinha com o estranho. A quarta situação é entre a mãe e a criança. Passados alguns minutos, a mãe volta a entrar na sala e o estranho sai, esta quando entra compõe logo a criança. No quinto episódio, a criança é o principal interveniente. A mãe sai da sala, deixando-o só. O sexto episódio intervém a criança e o estranho. O estranho entra na sala e interage com a criança. Por fim a última situação, é o sétimo episódio é entre a mãe e a criança. A mãe regressa e compõe a criança, e o estranho sai da sala. Através da observação destes episódios o investigador, vai constatar que o comportamento dos bebés de um ano, é divergente, ou seja, consoante o tipo de vinculação que estabeleceram com a sua mãe, vão reagir às diferentes situações apresentadas. As crianças, ditas “firmemente vinculadas”, ou seja com vinculação segura, exploram, brincam, com os brinquedos, aproximando-se com cuidado do estranho, ainda que na presença da mãe. Esta revela assim um moderado nível de proximidade na procura da mãe, porque podemos perceber isso, quando a mãe sai, e a criança fica um pouco perturbada mas fica feliz e entusiasmada com o seu regresso. Algumas crianças, ao contrário das primeiras acima mencionadas, não exploram a sala, na presença da mãe, ficando extremamente assustadas e até mesmo em pânico, quando a sua mãe sai da sala, e quando esta regressa a criança reage com uma certa ambivalência emocional, ao mesmo tempo que quer que a mãe lhe pegue ao colo, esta “luta” com alguma agressividade para ir de novo para o chão. Este padrão de comportamento é observável nas crianças “ansiosas/ resistentes”, sinal de um tipo de vinculação insegura resistente, porque podemos observar que a criança fica perturbada com a separação da mãe, é muito difícil de acalmar, porque esta procura conforto e ao mesmo tempo resiste. Outras crianças adoptam uma postura distante e afastada, como se nada lhe importasse, porque mostra uma certa indiferença no reencontro com a mãe após a separação, esta criança não fica muito perturbada com a presença do estranho. A criança evita a todo o custo o contacto com a mãe. Trata-se de uma vinculação insegura evasiva. Esta situação é vista quando uma criança, é retirada aos pais pela protecção de menores visto que corre riscos de vida, porque é deixada ao abandono, ou passa fome. A criança por vezes mostra mais afecto pelo estranho do que pela mãe ou pai, é como se soubesse que lhe estavam a salvar.

Experiência de Harlow


Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências em macacos bebés, que demonstraram a importância dos cuidados maternais, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento.
As suas experiências laboratoriais consistiram na criação de duas “mães” artificiais: uma era feita apenas de arame enquanto a outra, era também de arame, porém, forrada com um pano felpudo e macio. Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis. Esta preferência mantinha-se independentemente de qual fosse a mãe que fornecia o alimento. Outras observações mostraram que o que estava em causa não era só a procura de conforto. O contacto parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança. Perante um estímulo gerador de medo, os macaquinhos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. Este comportamento nunca era observado com as “mães” de arame, mesmo em macaquinhos criados só com ela.
Além disso, perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reacções de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objectos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.
Pelo contrário, na ausência da “mãe” confortável, os macaquinhos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente. Isto acontecia também na presença da “mãe” de arame, mesmo em macaquinhos criados sempre na sua presença, ou seja, a “mãe” desconfortável é incapaz de transmitir segurança.
O resultado desta e de outras experiências, permitiram Harlow concluir que a variável contacto reconfortante suplementava a variável amamentação.
Harlow observou ainda que o contacto entre os macacos bebés e mães reais demonstrava comportamentos sociais e sexuais deficientes em relação aos criados com "mães" de pano, e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros macaquinhos.

René Spitz - Hospitalismo

Entende-se por hospitalismo o conjunto de perturbações que o bebé pode sofrer devido a carências maternas. A ausência da mãe pode provocar uma depressão, devido à falta da figura materna. Quando crianças de idades muito precoces são sujeitas a uma privação de contacto com os seus entes mais próximos, vão sofrer de problemas tanto físicos como psicológicos que podem afectar o seu desenvolvimento normal, tais como, o atraso no desenvolvimento corporal, insónias, queda de peso, alteração do seu estado geral, incapacidade de adaptação ao meio, fragilidade e menor imunidade a doenças infecciosas.

Os estudos efectuados por René Spitz levaram a que, em 1945, houvesse uma primeira reforma das condições de hospitalização de crianças pequenas e, a que em 1950 a Organização mundial de saúde passasse a incluir nas suas orientações um documento de nome “Cuidados maternos e saúde mental”, onde se afirma: “...ficar claramente demonstrado que os cuidados maternos no decurso da primeira infância desempenham um papel essencial no desenvolvimento harmonioso da saúde mental”.

Experiência de Solomon Asch

Parte 1
Asch organizou uma experiência em que pedia a um grupo de pessoas A para formar uma impressão sobre uma personagem fictícia, após ouvirem uma lista de características sobre a mesma: «inteligente, habilidoso, laborioso, caloroso, prático, determinado, cauteloso». Outro grupo (B) recebeu a mesma lista de características à excepção da palavra «caloroso» trocada por «frio». Isto fez com que a impressão favorável geral fosse completamente alterada, constatando assim a veracidade da segunda questão proposta por Asch. Um único traço foi o suficiente para alterar a impressão geral (centralidade do traço).Os traços centrais organizam a percepção porque têm um peso informativo importante claro que os periféricos não possuem. No entanto existe uma relação de dependência do contexto, ou seja um traço é periférico ou central dependendo das suas relações contextuais com os outros traços.

Parte 2

Ao grupo A foi dada uma lista encabeçada pela palavra «inteligente», terminando com a palavra «invejoso». Ao grupo B deu a mesma lista com a ordem das palavras inversa e pedido para que escrevessem resumidamente a sua impressão duma pessoa detentora dessas características. Através desta experiência, foi verificada a existência dum efeito de primazia quanto à formação de impressões, pois os sujeitos com a primeira lista manifestaram uma opinião favorável enquanto o oposto se verificou no outro grupo. Este efeito explica que são os primeiros traços que lideram como devem ser compreendidos os seguintes

O efeito autocinético de Sherif

Um indivíduo é colocado num quarto escuro e levado a observar um ponto luminoso fixo. Em plena escuridão, as percepções visuais perdem o seu quadro de referência habitual o ponto luminoso parece deslocar-se: é o fenómeno da ilusão autocinética.
Pede-se então ao sujeito que faça um estimativa do deslocamento do ponto. Ele formula uma série de estimativas que pouco se estabilizam em torno de uma estimativa que corresponde à sua norma pessoal, norma que ele tenderá a reproduzir noutras tentativas. Essa norma pessoal pode apresentar grandes diferenças das estimativas dos outros sujeitos. Isto porque, numa segunda fase, quando as normas pessoais forem assim fixadas, cada sujeito é colocado diante das estimativas dos outros e todos exprimem as suas estimativas em voz alta.

Nessa situação, as interacções dos membros acarretam uma modificação progressiva das estimativas de cada um dos indivíduos, que abandonam as suas próprias normas pessoais para estabelecerem com os outros uma norma de grupo. Durante a experiência, o sujeito toma consciência de um desvio entre as suas próprias estimativas e as dos outros membros do grupo. Sente um mal-estar que o leva pouco a pouco a reduzir o desvio através de um processo de ajustamento recíproco. As diferenças são progressivamente reduzidas e constitui-se uma norma para o conjunto do grupo. Cada indivíduo reduz assim a incerteza e encontra maior segurança num julgamento comum. A norma é a fonte da estabilidade.
Se existe no grupo uma pessoa cuja competência ou posição é reconhecida pelos membros do grupo, a norma do mesmo tenderá a fixar-se em torno da avaliação dessa pessoa. Nesse caso, há ajustamento em torno da sua posição. A sua norma individual torna-se um ponto de referência numa situação em que a ausência de indicações cria um mal-estar.
A norma é um processo de redução da incerteza. Uma posição comum adoptada a partir de um consenso tem um efeito mais tranquilizador do que a percepção de diferenças de desvios. Uma vez estabelecida a norma do grupo, torna-se difícil desviar-se dela: o indivíduo deve conformar-se.

Efeito de Asch (experiência)


Nesta experiência, 8 sujeitos foram colocados diante de um quadro com varias cartolinas. Cada cartolina continha do lado esquerdo um linha vertical (figura de base) e à direita três linhas verticais de comprimentos diferentes, numeradas de 1 a 3, uma das quais representava a linha de base.
No grupo experimental, apenas um dos sujeitos é o verdadeiro sujeito experimental, e por isso é o sujeito ingénuo, enquanto os restantes 7, são comparsas do experimentador. Cada um dos sujeitos dá a avaliação em voz alta, sendo que os comparsas dão doze respostas erradas em dezoito ensaios experimentais. Estes respondem antes do sujeito. Deste modo, o sujeito ingénuo encontra-se numa posição minoritária e, apesar de não existir qualquer tipo de pressão explícita por parte do grupo, este chega a cometer erros que atingem os 5 cm.
Como resultados, Asch obteve que apenas 30% dos sujeitos experimentais não se conformaram à pressão implícita pelo grupo, ou seja, um terço dos sujeitos mantiveram-se independentes o que leva a colocar a questão de quais são os factores que explicam o conformismo.
O conformismo do sujeito será aumentado se reforçarmos a dependência do indivíduo em relação ao grupo: por exemplo, se o grupo é apresentado como particularmente atraente, o indivíduo deseja integrar-se nele. No entanto, é preciso notar que, quando o sujeito está de novo sozinho, ele volta às estimativas correctas.
Por outro lado, se as respostas do sujeito forem confirmadas pelo experimentador, a sua confiança será reforçada, e numa nova situação experimental ele vai questionar as aptidões do grupo.

Processo Conativo (o carácter específico dos processos conativos)


Construção de identidade


Relações precoces


Ficha formativa


Ficha formativa


O amor em filhotes de macacos
























































Resumo de "o amor em filhotes de macacos"











Relações interpessoais







Ficha nº 16 do Caderno de Actividades (Resolução)


1- Para a Física, a resiliência consiste na resistência de um material a choques e na sua capacidade em absorver um impacto sem romper, quebrar. Este conceito foi mais tarde aplicado na Psicologia para designar os indivíduos que recuperam as suas energias depois de terem sofrido uma depressão.


2- O estudo que Emmy Werner conduziu no Hawai levou-a a concluir que até à adolescência um terço das crianças não apresentava qualquer problema; dois terços resolveram os seus problemas antes de chegarem aos 3o anos de idade, integrando-se normalmente na sociedade, e apenas 6% necessitaram de apoio psicológico, designando as crianças que resistiram às adversidades "crianças resilientes".


3- Um indivíduo resiliente é, geralmente, alguém que enfrenta as piores situações, sem fraquejar, proteje-se através do domínio de defesas físicas e mentais, distingue e escolhe os objectos de investimento afectivo e de apoio social.

Teste de Psicologia B



O Efeito Autocinético


Ficha formativa



Ficha formativa


Ficha formativa


Enunciado 1º teste sumativo







1º teste sumativo